terça-feira, 14 de agosto de 2007

beautiful day...

Vai pro trabalho. Esquece um papel e volta pra buscar. Isso às 8h da manhã, já atrasada, o trânsito óóótchimo. Já estressada. Deixa a mãe no hospital. Chega no trabalho. Trabalho. Chá de cadeira. Trabalho. "Estou em reunião, não posso dar as informações agora". Trabalho. "A delegada não está, só quem fala é ela. Ou o chefe de investigação. E cadê ele? Também não está". Grunf. Trabalho. Sem almoço em casa. Penne ao pesto. Brigadeirão. Bolo de maracujá com chocolate. "Na minha casa é maraculate". "Ah, que graça, posso usar aqui?". "Aham. Pode". Trabalho. Trabalho. Ônibus e calor. Pagar conta numa loja. "Acho que esse cara é ladrão e acho que tá me seguindo". Aperta a bolsa e o passo. Pagar conta noutra loja. Hospital. "Tá tudo bem? só um beijo, tchau, tô de ônibus". Ônibus lotado. Socado de gente. E a empregada reclama que a menina não obedece, que queria ir dormir em casa hoje. Banho. E trabalho de novo. A inspiração não vem, o prazo tá indo embora.
E mais um dia finda...
E ainda falta tanta coisa pra fazer. Pra escrever. Pra resolver. Pra dizer.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O peso

E chega o dia da segunda operação do meu pai. E eu já tô de novo com dor no estômago, dor de barriga, dor de cabeça, frio...
Sabe aquela coisa de preferir que fosse em mim? É bem assim...
eu e minha mania de achar que posso segurar qualquer coisa pra proteger quem eu amo de qualquer dor, qualquer sofrimento, qualquer coisa ruim.
e agora aqui sem sono me volta tudo de novo. os primeiros exames, as primeiras consultas, a revolta, a primeira cirurgia, toda a adaptação, todo o tratamento doloroso e cansativo, a revolta de novo, as perguntas.
Vai começar a segunda parte. E ainda bem que ele sabe que eu tô aqui, e ainda bem que eu continuo com a mania de achar que posso segurar qualquer coisa. Eu não posso nunca nunca nunca deixar de pensar isso.
Pra não desabar.

Das coisas que tiram o chão

- "E eu só queria que ela entendesse que o que ela podia me dar de mais valioso, de mais importante, são vocês três. São a coisa mais especial que eu e ela podíamos fazer. Não precisa de mais nada".
- "Vou ali beber água". (E enxugar a lágrima que escorregou...)

Remédio caseiro

Meio dia. A cabeça dói.
14h. A dor de cabeça é quase insuportável. Tomo um tylenol 750mg.
15h. Além da dor, tontura. Tomo um nifelat (o segundo do dia, pra pressão alta)
17h. A dor me tira do sério, dá vontade de chorar, bater a cabeça na parede, arrancar a cabeça, o que for. Tomo uma neosaldina. (chama a neusa, hohohoho)
17h30. Casa. Banho. Cama. Quarto escuro. Silêncio, por favor.
20h15. Melhor.
20h30. Morangos. Chocolate amargo derretido. Creme de leite. Mistura tudo e põe pra gelar, enquanto como macarrão com "amômega".
20h45. Os morangos. O chocolate. Na cabeça? Só uma música: "I feel good, tan nan nan nan nan".